segunda-feira, 29 de junho de 2009

A propósito de la situación en Honduras

Recebi este comunicado de minha amiga Alejandra Morales. (nunca nos encontramos pessoalmente, mas ela é mais um daqueles presentes que recebi da vida)
Repasso a vocês porque não podemos ficar de fora de qualquer discussão relacionada à liberdade de imprensa.



A quienes se sienten comprometidos con la prensa digna

Tristes guerras, si no es amor la empresa.
Tristes, tristes. Tristes armas, si no son las palabras.
Tristes, tristes. Tristes hombres, si no mueren de amores.
Tristes, tristes.
Miguel Hernández


Decía Charles Bukowski que la censura es la herramienta de aquellos que necesitan esconder la realidad a sí mismos y a los demás. En estas horas aciagas que vive la República de Honduras, nos permitimos hacer un llamado a todos nuestr@s compañer@s periodistas de Iberoamérica, y muy especialmente a l@s hondureñ@s, para que sepamos aprovechar la adversidad y continuemos dignificando el oficio, militando del lado de la honestidad.

Al momento de redactar esta carta que necesitamos compartir con tod@s ustedes, se desconoce el paradero de la Canciller hondureña Patricia Rodas, insigne luchadora, y cercana colaboradora de nuestro documental; se ha secuestrado el Presidente de un país, legítimamente electo, se reprime al pueblo hondureño que ha decidido, a pesar de las tanquetas y los fusiles que les apuntan, ejercer el derecho legítimo que tienen de expresar su opinión, y no otra cosa: su opinión.

Hemos sido testigos con desolación y vergüenza, de la actuación de los canales de televisión privados de Honduras, que en una clara demostración de desprecio al pueblo hondureño, trasmiten dibujos animados mientras el Presidente constitucional ha sido secuestrado, vejado, y expulsado a Costa Rica; miles de hondureños y hondureñas se manifiestan en las calles a favor y en contra de la situación; cientos de soldados han tomado las principales ciudades del país, la Organización de Estados Americanos se declara en emergencia; y hay un importante número de dirigentes sociales y funcionarios del gobierno constitucional de Honduras, como la Canciller Patricia Rodas, desaparecidos.

Esta carta no está interesada en los directivos de esos canales de televisión, como decía Camus, la estupidez insiste siempre. Esta carta va dirigida a l@s compañer@s periodistas, como una demostración de la fe que necesariamente tenemos en much@s de ustedes. No pretendemos tomar partido, para eso está todo un pueblo capaz de decidir su destino, y es necesario que le procuremos el respeto que merece.

Los dueños y directivos de los medios de comunicación social, sólo tienen dinero, el verdadero poder es el de los trabajadores que pueden sacar una señal al aire, parar una rotativa, interrumpir revistas musicales radiales que pretenden acallar la estruendosa realidad de los hechos, en legítimo uso de sus atribuciones porque el periodismo no es solo oficio, es compromiso.

Vamos a ser más culpables de lo que dejemos de hacer que de lo que hagamos, no es digno guardar silencio ante la agresión y secuestro cobarde de una mujer. No hay diferencia entre Patricia Rodas, Ingrid Bethancourt, o Lydia Cacho. Las dos últimas deben en buena medida su sobrevivencia a la prensa honesta, consecuente y responsable, que se preocupó en hacer de sus nombres una consigna mundial, que fue su chaleco antibalas hasta que los cobardes comprendieron que contra la prensa digna, limpia y decente, ciertos cañones son impotentes.

La historia nunca nos perdonará el silencio. L@s periodistas somos responsables a estas horas, de la vida de Patricia Rodas, de la vida de Carlos Padilla, y de la vida de much@s herman@s hondureñ@s, sin importar su militancia. Nosotros tenemos el poder de decidir cuál artillería es más poderosa, si la de los cañones, o la de las palabras.

Nosotros, desde Caracas y desde Madrid, nos ponemos a la disposición para hacer todo cuanto haga falta para que se conozcan los hechos, para que retornen el diálogo y la paz, y exhortamos a nuestr@s compañer@s periodista@s de Iberoamérica y muy especialmente de Honduras, a un ejercicio ético y responsable del oficio, y si ese esfuerzo les supera, entonces les rogamos que no dejen que nunca nadie les llame periodistas, porque no lo son.


A Honduras, nuestro abrazo, y nuestra entera disposición, a nuestra amiga Patricia Rodas y a su familia, nuestra absoluta solidaridad, y nuestra infinita admiración. Estamos seguros que muy pronto compartiremos más conversaciones en cualquier mesa de Iberoamérica.




Francisco Guaita López-Muñoz Alejandra Morales Hackett
Periodista – Director Periodista – Productora



http://lacomunidad.elpais.com/documetal-televisivo/2008/8/8/nuestras-voces-del-documental

sábado, 27 de junho de 2009

Contagem regressiva 2


Entre o estresse de todas as coisas que ainda estão por fazer uma parada para lembrar que vou matar a saudade...

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Pequenas dicas 15


Olhar, perceber, capturar.
Muitas vezes esquecemos que a informação fotográfica se faz com todos os elementos da cena.
É necessário que estejamos atentos a todas as coisas que acontecem ao nosso redor e perceber quais os elementos que podem/devem fazer parte do quadro fotográfico.
Essa foto é exemplo de que algumas vezes o fundo é tão informativo quanto o primeiro plano.
Ao fotografar o carnaval de rua de Curitiba esse simpático menino estava sempre ao meu redor. Fiz amizade e em uma das conversas percebi que o fundo, com a figura inocente do garoto em primeiro plano, seria uma composição interessante. Estava com pouca luz, o que determinou a abertura do diafragma e a profundidade de campo.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

contagem regressiva


Estou às voltas com os preparativos para um mês de estudos em Portugal.
Como entre minhas manias está a de fazer listas estou quase sufocada entre tantas...
lista do que levar na mala; de documentos; de livros; de regalos para os amigos; de coisas para os filhos fazerem enquanto estiver fora; de lembretes para a diarista; de agradecimentos para os colegas que vão aplicar as provas aos meus alunos; de coisas para fazer antes de viajar...nesta um dos ítens mais importantes: ir na Con.
Minha amiga Con é cabelereira e é a última do lado direito. Que tal?

a foto foi feita durante uma "aula" de culinária.

terça-feira, 23 de junho de 2009

novamente jabuticabas


Todas juntas, 1, 2, 3, clic!

domingo, 21 de junho de 2009

Vida de fotógrafo II



Histórias interessantes de 5 repórteres fotográficos.
Dois de El Salvador, dois da Guatemala e um de Honduras.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Eu e a Gisele


Fotógrafos não gostam de ser fotografados. Não sei exatamente o motivo, mas é fato. Bresson dizia que não gostava que fizessem com ele o que ele fazia com os outros.
Eu não me sinto bem diante da câmera e sou nada fotogênica.
Quando era criança parecia uma saracura e agora estou mais próxima da aparência dos ruminantes. Para piorar sou um pouco estrábica e quando olho para a câmera ... sem comentários.
Mas, coisas da vida me levaram diante de um obturador. Comecei a sessão tentando fazer piada. Ao meu "me deixe uma Gisele Bündchen", recebi um olhar nossa-nunca-ninguém-me-disse-isso.
Frustrante.
Antes da sessão recebi muitos conselhos: estique o queixo para a frente para não aparecer a papada (e eu tenho issso?); passe sombra escura nos olhos para dar uma ar mais fatal; batom claro; batom escuro; molhe os lábios; sorria com os olhos; não mostre os dentes; o cabelo deve ficar solto e atrás dos ombros, atrás da orelha, nunca!
Cabelo penteado, olhos maquiados e lábios lambidos. Pronto! Lá fui eu receber as ordens da fotógrafa: levante a cabeça, vire para o lado, abaixe o queixo, olhe para a lente.

15 minutos depois em uma pequena embalagem amarela recebo nove fotos.
O resultado é horrível!
Minha amiga Elza me consola: Mas você conhece alguém que fica bem em foto 3x4?
A Gisele deve ficar.

a imagem é do portfolio digital do Renato Artes: http://renatoartes.wordpress.com/

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Série Souvenirs


Mais uma foto da Série Souvenirs de Fernando de Tacca.

Essa foto é uma "Homenagem à Volpi" (after Geraldo de Barros), Guarda-chuva de Marcos Palopio (Exposição dos 70 Anos do Serviço de Saúde "Dr. Cândido Ferreira", Museu da Cidade, Campinas, 1994).

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Slinkachu






O artista explica a obra:
"eu trabalho com a surpresa e tenho como objetivo incentivar moradores de cidades a serem mais conscientes dos seus arredores. As cenas destinam-se a refletir sobre a solidão e melancolia de viver em uma cidade grande, quase perdido e sobrecarregado. Mas debaixo disso, há sempre algum humor. Eu quero que as pessoas sejam capazes de simpatizar com as pessoas da minha obra minúscula".

Eu simpatizei.

Se quiser sabre mais há um site e um blog.
http://slinkachu.com
http://little-people.blogspot.com/

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Beijing






Jonathan Campos é um dos novos talentos da fotografia Paranaense.
Fotógrafo da Gazeta do Povo foi enviado especial às Olímpiadas de Pequim.
O resultado pode ser visto na Exposição Beijing 2008 que está no foyer do prédio da Extensão na Universidade Positivo.

sábado, 13 de junho de 2009

Robert Doisneau


Fui ver a exposição de Robert Doisneau que fica até amanhã na Casa Andrade Muricy.
A Renault de Doisneau faz parte das comemorações do ano da França no Brasil. A exposição está linda e traz mais de 100 fotografias originais feitas por Doisneau quando trabalhava na Renault. As fotos trazem, principalmente, os trabalhadores da renault em linhas de montagem, oficinas, escola, enfermaria e cantina. Há belas fotos dos costumes da França na década de 30 e dos carros, claro.
A foto que escolhi para abrir este post é da loja da Renault na Champs Elysées, feita em 1936.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Em casa 10



estudando...

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Dia de Portugal















Conheci Portugal em 2006 durante um intercâmbio estudantil pelo qual eu era professora responsável.
A primeira cidade que pisei foi Porto.
Paixão imediata.
Descobri nessa viagem que no verão noite é dia. O sol se estendia até perto das 22h e se deitava no mar.
Fiquei em um quarto da residência da Universidade Fernando Pessoa, perto da Avenida do Brasil, beira-mar, claro.
A rua da residência é tão estreita que o carro que nos levou do aeroporto até lá não passava pela dita.
Em um final de semana fomos até Lisboa (lá assisti o Brasil perder nas oitavas de final da Copa do Mundo). Em outro, atravessei o país em uma viagem de 8 horas até Faro - um lindo balneário ao sul.
Voltei para Portugal no início de 2007. Fiquei hospedada em Vila do Conde.
A viagem de metrô de Vila do Conde para o Porto é deliciosa. A paisagem é uma mistura de casas centenárias em pequenos povoados e algumas construções mais modernas.
Voltei ao Porto no mesmo ano, em dezembro. A cidade estava vestida para o Natal. Fiquei muitos minutos em silêncio, sentindo o ar gelado em meu rosto, olhando a árvore de Natal plantada no meio da Avenida dos Aliados. Foi como me encontrar dentro dos livros ilustrados no quais o Natal sempre era frio e branco. Dessa vez fui até Guimarães, o berço de Portugal.
Minha viagem mais recente foi em abril deste ano.
Destino: Porto e todos os afetos que lá construí.
Portugal é mais do que um país repleto de histórias que me encantam. Em suas ruas, no Porto principalmente, vivo emoções intensas. Adoro o som do português arrastado, o carinho e afeto partilhados, os paralelepípedos que de tão gastos formam uma superfície translúcida, a luz dura que forma sombras densas, o cheiro das castanhas assadas na rua, os azulejos salpicados na arquitetura, o silêncio das igrejas, a história impregnada nas paredes.
Há algo em Portugal que corre em meu sangue.
Para comemorar, algumas fotos desse, que é o país do meu coração.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Pequenas dicas 14

Onde coloco o foco?



Muitas vezes me deparo com as seguintes questões: o que vale focar? Qual o elemento mais importante do enquadramento?
Há quadros fotográficos que possuem mais de um elemento informativo e/ou estético muito forte. Isso pode ser um problema.
Se trabalhamos com grande profundidade de campo corremos o risco de criar uma grande confusão. Se trabalhamos com pequena profundidade podemos perder elementos interessantes.
Ao fazer esta foto escolhi deixar os elementos do segundo plano um pouco fora de foco, mas sem perder a expressão do rosto do casal que está descobrindo o boneco. Optei por focar as duas caveiras porque gostei de suas formas e da maneira como estavam dispostas no chão.
A foto foi feita no carnaval de Curitiba

domingo, 7 de junho de 2009

Em casa 9


pensando em como é fabulosa a maneira que as vidas se entrelaçam e os afetos se tecem.

sábado, 6 de junho de 2009

Vida de Fotógrafo I



Estou com saudade da rua.
Da rapidez dos acontecimentos.
Do fôlego que não acompanha a velocidade dos fatos.
Da sensação de estar absolutamente vulnerável ao instante, ao momento certo.

Essa minha saudade inaugura uma série de postagens que chamarei Vida de Fotógrafo.
Começo com um pequeno documentário feito em um dia de trabalho de alguns fotógrafos equatorianos.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Queimadas


Para pensar no Dia Mundial do Meio Ambiente
A queimada ainda é uma técnica agrícola bastante usada no Paraná. Embora seja rudimentar, continua sendo usada mesmo depois de já ter sido comprovado que o plantio direto (quando a semente é lançada no solo revirado depois da última colheita) é o melhor manejo agrário para a preservação ambiental.
A foto foi feita na estrada entre Ponta Grossa e Curitiba. Região de muitas lavouras de trigo e soja.
Vi a queimada pelo retrovisor. Voltei Andei vários quilômetros para encontrar o melhor ângulo para fotografar. Eu estava, seguramente, há mais de 10 Km do fogo. Foi uma das maiores queimadas que fotografei.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Erro geográfico



O Gleber Althoff mora em Bom Retiro e teve a gentileza de me alertar que essa foto não foi feita em Bom Retiro, mas sim em Urubici.
As cidades são vizinhas e eu me atrapalhei.
Portanto 20 ver é de Urubici, Santa Catarina.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Consumi drogas durante 40 anos!


Essa foi a frase que ouvi de meu pai logo que entrei no hospital onde fui visitá-lo.
Ele está com sérios problemas respiratórios causados, em grande parte, pelo consumo de cigarros.
Meu pai sempre foi avesso aos médicos e à medicina tradicional (o que lhe rendeu o apelido de Doutor Cipó). Se os médicos fossem bons, dizia ele, não morriam antes de mim.
Vinte anos atrás precisou fazer uma cirurgia de catarata. Para isso fez diversos exames. Fui junto com ele a um dos médicos que lhe disse que se não parasse de fumar imediatamente teria mais 2 anos de vida, no máximo.
Isso o assustou.
Jurou que pararia naquele dia.
O médico, provavelmente acostumado com promessas de caixa, pediu o maço que se mostrava no bolso da camisa.
Com a mão no peito para segurar o Minister carteira azul que queriam lhe tirar, meu pai prometeu que aqueles seriam seus últimos cigarros.
O médico duvidou e eu desconfiei.
Mas, mesmo assim, me candidatei a censora e fomos embora.
Entramos no carro e logo um cigarro foi à boca. Eu preciso! Disse ele, ao ver meu olhar mortal.
A tarde passou lenta no meio da fumaça azulada.
No fim da noite o maço tinha um último rolo branco com filtro amarelo.
Depois de tragar lenta e intensamente o dito cujo e de me provocar com o olhar meu pai nunca mais fumou.
Agora, vai lutar contra a indústria do fumo.
Afinal, disse ele, alguém tem que escutar um viciado de 82 anos.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

fugazcidade





Meu querido amigo Keiny Andrade está em esposição no meu Porto.
Fugazcidade apresenta imagens feitas no pulsar da cidade. É uma proposta ousada feita em caminhadas noturnas com o obturador em baixa velocidade o que acrescenta às fotos a respiração do fotógrafo e o movimento dos objetos.
Nas palavras de Keiny, "Fugazcidade é um mergulho no transitório. É a construção imagética daquilo que nos surge banal todos os dias, capturado com a luz noturna e com o movimento fugaz inerente ao ser humano das grandes cidades".
A exposição está no Armazém do Chá, na zona Baixa do Porto, Portugal.