Não sou de muitas palavras. Acho que é a minha natureza imagética que me faz assim. Sou de olhares e silêncios fomentados pela solidão do ofício fotográfico. E quando me pedes palavras – aquelas que revelam o íntimo -, elas me fogem. Fico num balbuciar alucinado procurando com os olhos um ponto de fuga, um quadro, um rasgo de luz que se transforme em imagem para que eu possa descrever-me. Sou imagem latente. E fadigada suplico-te, leia-me. E lerás a saudade e as lembranças e os sonhos e a distância e tudo aquilo que não sei revelar.
Leila Diniz e Marieta Severo
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Acervo do Instituto Antonio Carlos Jobim. Lelia Diniz com Marieta Severo.
Brasil, 1966. "Conheci a Leila na TV. Eu fui fazer a novela O Sheik de
Agadir, q...
Há 13 horas
Um comentário:
E no entanto, como você maneja bem as palavras quando elas estão a serviço da tua verdade!
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