sábado, 8 de agosto de 2009

Pequenas dicas 17


Há inúmeras imagens em nossos arquivos mentais. Alguns estudos dizem que os traumas são resultantes, em grande parte, das imagens que não se consegue esquecer.
As lembranças de amor, de saudade e de alegria profundas também são evocadas por imagens. São quadros que roteirizamos ao longo da vida.
A primeira vez que vi essa imagem, no caminho entre a residência universitária e a UTAD, em Vila Real, pensei: isso me lembra alguma coisa.
Fiquei matutando o dia todo. De noite lembrei-me do filme Sonhos do Kurosawa e por conseqüência do episódio Corvos, um encontro entre um pintor e Van Gogh. Ao filme vieram associadas sensações da primeira vez que o assisti.
As imagens têm este poder de ressuscitar lembranças.
Voltei ao local três vezes até encontrar a luz e o enquadramento ideais. Na primeira vez as sombras estavam muito longas provocando uma confusão entre as linhas da plantação. No dia seguinte a luz estava boa, mas o trabalhador não estava lá. No terceiro dia estavam lá homem e luz, faltava o homem estar no lugar correto. Esperei alguns minutos até que ele se colocasse no ponto adequado. Pronto! Aí está!

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