Há inúmeras imagens em nossos arquivos mentais. Alguns estudos dizem que os traumas são resultantes, em grande parte, das imagens que não se consegue esquecer.
As lembranças de amor, de saudade e de alegria profundas também são evocadas por imagens. São quadros que roteirizamos ao longo da vida.
A primeira vez que vi essa imagem, no caminho entre a residência universitária e a UTAD, em Vila Real, pensei: isso me lembra alguma coisa.
Fiquei matutando o dia todo. De noite lembrei-me do filme Sonhos do Kurosawa e por conseqüência do episódio Corvos, um encontro entre um pintor e Van Gogh. Ao filme vieram associadas sensações da primeira vez que o assisti.
As imagens têm este poder de ressuscitar lembranças.
Voltei ao local três vezes até encontrar a luz e o enquadramento ideais. Na primeira vez as sombras estavam muito longas provocando uma confusão entre as linhas da plantação. No dia seguinte a luz estava boa, mas o trabalhador não estava lá. No terceiro dia estavam lá homem e luz, faltava o homem estar no lugar correto. Esperei alguns minutos até que ele se colocasse no ponto adequado. Pronto! Aí está!
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