Conheci Portugal em 2006 durante um intercâmbio estudantil pelo qual eu era professora responsável.
A primeira cidade que pisei foi Porto.
Paixão imediata.
Descobri nessa viagem que no verão noite é dia. O sol se estendia até perto das 22h e se deitava no mar.
Fiquei em um quarto da residência da Universidade Fernando Pessoa, perto da Avenida do Brasil, beira-mar, claro.
A rua da residência é tão estreita que o carro que nos levou do aeroporto até lá não passava pela dita.
Em um final de semana fomos até Lisboa (lá assisti o Brasil perder nas oitavas de final da Copa do Mundo). Em outro, atravessei o país em uma viagem de 8 horas até Faro - um lindo balneário ao sul.
Voltei para Portugal no início de 2007. Fiquei hospedada em Vila do Conde.
A viagem de metrô de Vila do Conde para o Porto é deliciosa. A paisagem é uma mistura de casas centenárias em pequenos povoados e algumas construções mais modernas.
Voltei ao Porto no mesmo ano, em dezembro. A cidade estava vestida para o Natal. Fiquei muitos minutos em silêncio, sentindo o ar gelado em meu rosto, olhando a árvore de Natal plantada no meio da Avenida dos Aliados. Foi como me encontrar dentro dos livros ilustrados no quais o Natal sempre era frio e branco. Dessa vez fui até Guimarães, o berço de Portugal.
Minha viagem mais recente foi em abril deste ano.
Destino: Porto e todos os afetos que lá construí.
Portugal é mais do que um país repleto de histórias que me encantam. Em suas ruas, no Porto principalmente, vivo emoções intensas. Adoro o som do português arrastado, o carinho e afeto partilhados, os paralelepípedos que de tão gastos formam uma superfície translúcida, a luz dura que forma sombras densas, o cheiro das castanhas assadas na rua, os azulejos salpicados na arquitetura, o silêncio das igrejas, a história impregnada nas paredes.
Há algo em Portugal que corre em meu sangue.
Para comemorar, algumas fotos desse, que é o país do meu coração.