domingo, 20 de maio de 2012

Arroz Doce não é Arroz de ontem

Tem gente que não gosta de Arroz Doce porque o relaciona com Arroz aproveitado de ontem.
Grande injustiça!
Arroz doce tem seus requintes, a começar pelo perfume que invade a casa quando a canela começa a ferver na água (bem pouca)que espera a xícara de grãs de arroz crus. Enquanto o arroz cozinha com o pau de canela, dois ou três cravos, um litro de leite gordo e uma pitada de baunilha, outro cheiro invade a cozinha: açúcar queimado que fará música quando receber sobre ele uma lata de leite condensado. Como em um baile bem orquestrado, tudo se mistura em uma única panela para depois ir a um prato e ser polvilhado com canela.
Uma delícia!
Arroz de ontem, serve para fazer bolinho de arroz! O da minha mãe não tem igual.
Mas isso fica para outro post.

domingo, 13 de maio de 2012

eu sei cozinhar



...do meu jeito
e o meu jeito é o jeito que a vontade se ajeita...
como em uma carroça de melancias a vontade vai se esgueirando entre os elogios das visitas (minha mãe é a que mais me elogia), os desejos do meu próprio estômago, o apetite de minha irmã Lígia e os dias de festa (gosto de ter a cozinha cheia de gente, risadas e conversas enquanto o cheiro da cebola no azeite enche a casa)
Hoje vou fazer Frango na Cerveja. Cebolas serão refogadas em azeite (tem que ser azeite, nada de óleo de outro vegetal qualquer). Depois de douradas o frango cortado em pedaços e temperado com sal grosso , pimenta, alho, uma folha de louro e cominho,  será dourado. Depois disso cerveja para cozinhar por 30 minutos. Uma concha de conhaque para flambar e quando o fogo desaparecer, mais 10 minutos de fogo. Quando estiver pronto e todos na mesa acrescentarei nata fresca e muito cheiro verde. Sirvo com arroz ou pão branco (o preferido dos meus filhos). Uma salada verde e pronto. Do meu jeito o dia das mães será repleto de alegria.

sábado, 5 de maio de 2012

voltei


... de um lugar sem nome
sem noites de sono,
sem dias de alegria.

a razão gritava, volte
o coração não obedecia 

como um moribundo os dias iam
alguns mais leves
outros impossíveis de carregar

 voltei diferente porque embarquei sem escudo
e com a alegria de uma menina que ia ser feliz

 voltei sem graça porque descobri que há coisas que não posso explicar
e muito menos mudar

 voltei mais cínica
e mais crítica
e mais tensa
e mais triste
e mais velha

voltei inacabada,
ainda incerta,
mas ainda com esperança ...quem sabe um dia