sábado, 28 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Em casa 2

Book da lagarta





Outro dia fui pendurar roupas no varal e me deparei com uma pequena lagarta. Corri pegar a câmera, coloquei a macro e fiz um book.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Pequenas dicas I


Tenho amigos que me pedem para avaliar suas fotos sem o saber que é um exercício que me mete medo. Primeiro, porque não sei mentir e depois porque geralmente as fotos são de qualidade duvidosa.

Muitas fotos só tem valor pessoal - cansei de ver cachorrinhos, filhinhos, namoradas, etc., todos sempre bonitinhos, mas retratados, quase sempre, de forma medíocre.

Nem sempre o ruim está na qualidade técnica (as câmeras atuais se resolvem sozinhas)
O problema está geralmente na composição, na falta de sentido das fotgrafias para aqueles que não estão emocionalmente ligados a ela.

E cada vez tenho que fazer uma longa fala para esclarecer que estou dando minha opinião sobre a técnica fotográfica e não sobre a beleza do fotografado, ou o sentimento que ela gera no fotógrafo – mas, nem sempre sou entendida.

Por isso, resolvi dar algumas dicas fotográficas. São coisinhas bem básicas que podem ajudar a melhorar o resultado das fotografias.

Aqui vai a número um:
Primeiro responda:
Por que fotografo?
Fotografar é registrar aquilo que vemos. É algo que podemos fazer de maneira objetiva e subjetiva. Creio que o interessante é conseguir combinar as caracterísitcas mais desejáveis de ambas as formas.
Objetivamente devemos ter consciência do aparato fotográfico - a câmera e suas possiblidades; do fato e de suas implicações; do instante certo para registrar.
Subjetivamente temos coisas como: algo que nos liga ao objeto a ser fotografado (o cachorrinho, a namorada, a viagem,...); os elementos estéticos que chamam a atenção; o discurso que quero apresentar.

A partir daí vem a segunda questão:
Como quero fotografar? Ou, qual resultado quero?
Aguarde a próxima dica. (tem algumas pistas logo abaixo)

A foto mostra meu pai e minha cachorrinha. Tenho por essa imagem um apreço especial óbvio. Mas, vamos a algumas coisinhas técnicas.
1. não tem flash. Dificilmente vocês verão uma foto minha com flash. Não gosto dos planos "chapados" pela luz artificial. Sempre prefiro luz natural, mesmo quando as condições são ruins. Nesse caso, tenho uma luz lateral que dá suavidade ao rosto de meu pai sem tirar toda a história que está gravada nele.
2. enquadramento. O olhar para a câmera chama a atenção para ele e ao mesmo tempo o olhar da Bia (a cachorrinha) para fora do quadro cria uma certa expectativa, um movimento. Há algo além do espaço fotografado. Esse olhar para fora chama-se "espaço fora de campo", ou "espaço em off".
3. palnos. Fiz questão de colocar na foto o quadro feito por minha tia que mostra uma pinha aberta por dois motivos: porque gosto muito desse quadro e porque o pinheiro (árvore que dá a pinha) é símbolo do Paraná.


Para ler mais sobre o "espaço fora de campo": O ato fotográfico de Phillipe Dubois.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Carnaval do Rancho






O bloco Rancho das Flores, composto pela terceira idade, não saiu na avenida. A chuva estava muito forte e os coordenadores decidiram que era melhor não arriscar uma pneumonia...

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Acredito no poder de um secador





Mel.
o bebê da família. Mora em Ponta Grossa com minhas irmãs.

Retratos

















Retrato é uma das categorias da fotografia que mais gosto de ver e fazer.
Aprecio a aproximação que o retrato exige. É quase como viver o instante do outro, partilhar intimamente aquele segundo de vida.
Esses retratos são de integrantes do bloco dos Catadores de Papel no Carnaval de Curitiba.

Carnaval dos catadores






Este bloco é composto por catadores de papel e suas famílias.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Carnaval de Curitiba


Choveu no carnaval de Curitiba.
Fui até a avenida logo no início da tarde para registrar a chegada dos foliões debaixo da chuva.
Nos molhamos (foliões, eu e equipamento).
Voltei para casa antes do início dos desfiles com imagens de dois blocos: o de Catadores de Papel e do Rancho das Flores (no qual todos os componentes são velhinhos MUITO animados). Vou preparar posts especiais para ambos.
Quem quiser ver algumas fotos do carnaval de Curitiba pode acessar o blog http://carnavaldecuritiba.blogspot.com/

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Em casa 1


Tem dias que é tão bom ficar em casa. Daí começa a série "em casa".

Bia




Sempre me olhando.

Orgulho



Esse post é especial.

LUCIANO SAROTE, que foi meu aluno, fotógrafo excepcional e gente da melhor espécie - coisa que dizemos por aqui quando faltam palavras para dizer o quanto o cara é gente boa, recebeu menção honrosa em concurso da UNESCO que teve como tema A Face Mutante da Terra.

Entre os 40 vencedores do prêmio estão só dois brasileiros, ele e Ivaldo Cavalcante, repórter fotográfico de Brasília.

O jovem Muataz-Nasser Al-Adwan, de 15 anos, da Jordânia, e Anil Risal Singh (categoria adulto), da Índia, foram os vencedores.

A fotografia do Sarote foi feita durante enchente que aconteceu na cidade de Araucária, Região Metropolitana de Curitiba.

Preciso dizer que tenho MUITO orgulho do menino?

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Brasileiros no WPP





Três brasileiros estão entre os ganhadores do principal prêmio de fotojornalismo do mundo, o World Press Photo.

André Vieira, Eraldo Peres e Luiz Vasconcelos receberam a npticia na sexta-feira 13 de fevereiro.

LUIZ VASCONCELOS, ganhou o 1º Lugar na Categoria Notícias Gerais, com uma foto que traz uma indígena tentando impedir que um batalhão de policiais invada as terras habitadas por seu povo


ANDRÉ VIEIRA, ficou com o 3º lugar da Categoria Arte e Entretenimento, pelo registro de Xhunos, um estilista de Luanda, na Angola

ERALDO PERES, Menção Honrosa na Categoria Cotidiano, pela imagem que destaca a reação de populares em volta de Thiago Franklino Lima, morto na favela do Coque, em Recife.

AVE LEICA





Cristiano Mascaro é arquiteto e fotógrafo.
Bastante conhecido por seus registros sobre a arquitetura e patrimônio histórico brasileiro, Mascaro publicou na Folha de S. Paulo o seguinte texto:


Ave Leica de Cristiano Mascaro

"Não sei como acontece com outros artistas, os pintores com seus pincéis, os escultores com seus cinzéis, os gravadores com suas goivas .
No entanto posso assegurar que nós, fotógrafos, desenvolvemos uma enorme e saudável relação de afeto com nossas câmeras fotográficas.
Certamente porque elas estão permanentemente por perto, ao alcance de nossas mãos.
Não podemos nos afastar. Estão sobre a mesa de trabalho, dentro da mochila, na bolsa a tiracolo e quase sempre bem pertinho, colada em nossos rostos ou pendurada no pescoço, roçando no coração.
E, se porventura, for uma Leica, é caso de paixão. Não é para menos.
Foram essas câmeras miúdas, que cabem na palma de nossas mãos, que libertaram os fotógrafos pioneiros -Cartier-Bresson, inclusive- da ditadura dos equipamentos enormes, obrigatoriamente apoiados em um pesado tripé.
Daí, descobriram a rua. Podiam caminhar livremente pelas calçadas e fotografar ao mesmo tempo, surgindo assim o que talvez tenha sido uma de suas maiores descobertas: registrar a vida como ela é.
Não somente os grandes acontecimentos, as guerras e as catástrofes naturais, mas sobretudo a vida cotidiana, revelando e tornando grandiosas as miudezas do dia-a-dia.
Hoje, tenho duas câmeras Leica que me acompanham em meus trabalhos, o que me dá uma sensação de segurança, uma certeza de que tudo irá correr bem. Não me desgrudo.
Mas sei que em um futuro muito próximo talvez tenha de abandoná-las. Essa infernal tecnologia digital avança vertiginosamente, os meus filmes estão cada vez mais raros e, dessa forma, já me vi obrigado a comprar um trambolho de 21,5 megapixels. É um horror!
Mal desenhado, pesa uma enormidade, tem exatos 22 botões para acessar suas múltiplas funções, a maioria delas dispensáveis, além de uma alavanca de “liga” e “desliga”.
Sem comentar que me obriga a carregar, quando viajo, uma quantidade inacreditável de cabos, baterias, lap-tops, noves fora seu recurso mais brochante: poder ver, imediatamente, o que acabei de fotografar.
Com minha Leica isso é impossível, felizmente. Dessa forma, não tenho a certeza imediata de nada e, assim, posso me concentrar em meu trabalho como nunca.
Sei que a cada disparo não poderei voltar atrás, o que me torna mais seletivo e rigoroso -isto é, mais senhor do que estou fazendo. Opto pela incerteza, na contramão daqueles que jamais trocariam o certo pelo incerto. Mas a fotografia na qual acredito é assim mesmo.
É a expressão de uma atitude drástica, resultado de uma busca onde há mais surpresas do que certezas.
Cartier-Bresson, Robert Capa, Eugene-Smith, Thomas Farkas, Pedro Martinelli e tantos outros, todos com suas Leicas na linha de mira, não me deixariam mentir ou exagerar."

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

RETORNEI


Retornei.
Das férias, das imagens não mostradas, dos textos esquecidos na tela do computador, das leituras prazerosas e das nem tanto assim, das lágrimas deixadas nos filmes, das risadas em família, dos telefonemas que me encheram de felicidade, dos presentes, do mar, das músicas que embalam meus sonhos de retornar.
Retornei.
À casa e aos seus cheiros de material de limpeza e de roupa pendurada no varal; ao sol que se reflete nas paredes do quarto e projeta um animado baile entre as partículas de pó lançadas pelo vento; aos livros que ficaram na cabeceira.
Retornei ao dia que corre atarefado à minha frente e se desfaz em riso de minha falta de ar rastejando pelos degraus arrastados do ofício; aos amigos do espírito que tantos afetos me presenteiam; aos papéis fotográficos e seu cheiro que se encrava nas mãos; aos papéis que tenho pena de jogar ao lixo e conservo e converso e desconverso e mantenho; ao sofá que precisa ser trocado e ao colchão que só ele me faz dormir uma noite interinha.
Retornei às imagens do que me espera e que arrumadas, lado a lado, embalam meu retorno e marcam como um carimbo de validade que se repete nos meus dias. Imagino planos de momentos que vou roubar tendo minha nikon como cúmplice; de atravessar o mar e abraçar e amar e não esconder; de tomar fôlego no fôlego das histórias banais, tão simples e complexas sem resumo e atitude mas que carregam consigo o coração que de tão repleto se espalha. Simples assim, retornei.

A foto é de Guilerme Maia